Maria de Fátima Ferreira Peret

Psicanalista e Psicóloga Clínica

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De que se trata a ansiedade ou a angústia?

A ansiedade, outro nome da angústia, é o único afeto que não mente, que não engana.

A angústia pode demarcar para um sujeito uma experiência de encontro com algo que permanece estrangeiro ao simbólico, suaincompletude e como isto pode acarretar um sofrimento psíquico intenso.

São várias as manifestações da angústia, bem como medos, fobias, inibições, transtorno de pânico, dentre outros sintomas que nos informam de sua função principal de defesa contra algo intolerável. Um sujeito acometido por um quadro de fobia evita o desamparo, sai de cena e sofre. Vale ressaltar que um quadro de fobia pode ser comparável a um susto.

Por outro lado, no transtorno de pânico, o sujeito pode se queixar de “espasmos no coração”, “dificuldade de respirar”, “inundações de suor”, “fome devoradora” e coisas semelhantes. Um eventual pensamento tóxico e automático, por mais verdadeiro que possa parecer, pode retornar em loops e pode gerar punição e culpa.

Se pensarmos no sentimento de culpabilidade, forma masoquista de se subjugar pelo castigo de si, pode produzir um movimento de oscilação permanente entre amor e ódio. Ou seja, um sujeito que assim se apresentar pode oscilar entre estar no lugar desejado e, ao mesmo tempo, temido. Os temores fantasiosos e as medidas retaliativas do Outro implicam no desaparecimento do desejo. Desse modo, torna-se uma forma de punição e, por consequência, pode gerar ansiedade e angústia.

Um vilão causador de ansiedades e angústias é o bullying, que é por demais pernicioso.

Não podemos ter medo da angústia, pois sua emergência, suas pegadas indicam, para cada um, o momento de travessia para algo ainda velado e que, portanto, ainda não foi elaborado.

A análise pessoal permite fazer o inconsciente, que sabe do desejo, trabalhar. O que permite devidas construções e negociações não somente com o Outro, mas consigo mesmo.

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