Assunto que interessa a qualquer sujeito humano que queira se entender com os seus desejos e questões para viabilizar o que lhe é próprio a seu fórum íntimo. Independentemente de gênero, os projetos e ambições de cada um, podem ou não, incluir maternidade ou casamento. Muitos já conquistaram sua participação política, a universidade, a vida profissional, a ciência, a arte, a literatura, dentre outras coisas. A luta por respeito, reconhecimento, representatividade e lugar de fala de um sujeito responsável por suas escolhas, é onde mora o seu desejo, algo que não deve ser negligenciado. Ademais, se apropriar do desejo contribui para o bem-estar de si e do par amoroso.
O amor é recíproco, e “que seja infinito enquanto dure”. Cada um inventa e se alimenta do amor. Mas, de que se trata o amor? Será que é fazer um? Amar verdadeiramente alguém, como nos diz Miller, é acreditar que ao amá-lo se alcançará a uma verdade sobre si, ama-se aquele ou aquela que conserva a resposta, ou uma resposta, à nossa questão “Quem sou eu?”. E não sem consequências, Freud sublinha que “se você ama, sofre. Se não ama, adoece”.
“A primeira coisa que diz Freud sobre a pulsão é que… ela não tem noite, nem dia, não tem primavera, nem outono, não tem subida, nem descida. É uma força constante.” Lacan, Sem 11, p. 157.
Para além do universo psicanálise e das humanidades, a pessoa que quiser refletir, tratar suas questões e cuidar de si: a psicanálise é a cura pelo amor.
